sábado, 15 de novembro de 2008

Vaga-lumes e a Química...


No mundo animal encontramos certas técnicas de sedução relativamente estranhas. Uma delas é a utilizada pelos insetos coleópteros das famílias dos elaterídeos e dos lampirídeos, conhecidos popularmente como vaga-lumes (ou, segundo a Larousse Cultural, também conhecidos como: Luze-Lume (?), Noctiluz (??), Uauá (???),Caga-Fofo (????), Caga-lume (?????), Luzecu (????), Cudelume (? Multiplicado por ∞), entre vários outros sinônimos.). Esta técnica curiosa pode ser explicada pelos químicos e é nomeada como bioluminescência, que é uma espécie de luminescência, ou seja, a emissão de luz por outro processo que não seja a de um corpo aquecido (incandescência, como o filamento de uma lâmpada.).
No caso do vaga-lume, a bioluminescência tem um motivo especial: atrair os sexos opostos para a reprodução e é produzida por reação de oxidação da luciferina (imagem ao lado) e é controlada pelo inseto, que regula o suprimento de ar através de um sistema de traquéias. Quando o ar é admitido, a luciferina, em presença da enzima luciferinase, é oxidada quase instantaneamente, desprendendo energia sob a forma de luz.
No gênero Photinus, os machos voadores emitem lampejos luminescentes a intervalos definidos; as fêmeas, localizadas entre a vegetação, emitem lampejos de luz em reposta, se os machos estiverem ao alcance de percepção visual; então, mais lampejos são emitidos de ambas as partes, até que se encontram para o acasalamento.


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